Com o aumento no número de casos de coronavírus no país e o cancelamento de uma série de eventos esportivos em todo o mundo, o futebol gaúcho vive dias de expectativa. A medida tomada pelo governo argentino, que determinou a suspensão de qualquer atividade esportiva durante o mês de março, acendeu a luz vermelha. Oficialmente, não há nenhum movimento, seja no sentido da realização de jogos com os portões fechados, como vem ocorrendo em alguns países da Europa e no Paraguai, ou mesmo o adiamento ou cancelamento das partidas, da mesma forma como acontece no momento na Itália e na Argentina. No entanto, nos bastidores, o assunto já é tratado, ainda que no terreno da especulação.
O presidente da Federação Gaúcha de Futebol (FGF), Luciano Hocsman, adianta que a paralisação do Campeonato Gaúcho por um prazo de um mês, semelhante aos já vistos até agora, inviabilizaria o término da competição. De acordo com o dirigente, não há datas disponíveis para recuperar os jogos atrasados. "Um mês de Gauchão parado não tem como ter data posterior", diz o mandatário. Hocsman, contudo, adianta que qualquer determinação superior, estando a Federação preparada ou não, tem que ser cumprida:
"Se houver determinação para suspender, vamos ter problema. Para a competição não sofrer prejuízo na continuidade, seria melhor então mandar jogar de portão fechado. Mas claro, se mandarem parar, vamos parar".
O presidente da FGF também descarta por completo a possibilidade de que um campeão seja nomeado caso a competição seja interrompida antes e não retomada. "Nem penso nessa possibilidade. Não é uma competição por pontos corridos, não decide por quem está na frente", justifica ele.
Ainda que informalmente, a Federação manteve contato nos últimos dias com órgãos de saúde para se atualizar sobre a pandemia do coronavírus e os primeiros casos no Rio Grande do Sul. Não foi dada nenhuma resposta definitiva por parte das autoridades em relação ao risco de aglomerações em estádios.