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Nesta terça-feira, 18 de abril, o Ministério Público de Goiás, com o apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Rio Grande do Sul, realizou uma operação que cumpriu três mandados de busca e apreensão em três cidades do Rio Grande do Sul: Santa Maria, Erechim e Pelotas.
A ação faz parte da Operação Penalidade Máxima, deflagrada pela instituição goiana, e teve como alvo dois jogadores de futebol.
Segundo informações do Ministério Público de Goiás, uma operação foi deflagrada em 14 de fevereiro com o objetivo de obter provas de uma suposta associação criminosa especializada na manipulação de resultados de partidas de futebol profissional.
De acordo com as investigações, o grupo criminoso atua cooptando jogadores para a combinação de resultados, utilizando ações como a marcação de pênaltis no primeiro tempo das partidas. O objetivo do esquema é viabilizar o sucesso em apostas esportivas de alto valor. Além disso, existiam ofertas de valores que variavam entre R$ 50 mil a R$ 100 mil aos atletas para que eles cometessem eventos determinados nos jogos.
Há suspeitas de que o grupo criminoso tenha concretamente atuado em pelo menos 5 jogos da Série A do Campeonato Brasileiro de Futebol de 2022, bem como em 5 partidas de campeonatos estaduais, entre eles, os campeonatos goiano, gaúcho, mato-grossense e paulista, todos deste ano.
Ainda não há informações sobre o que foi encontrado durante as buscas e apreensões realizadas nas três cidades gaúchas. Estão sendo cumpridos 3 mandados de prisão preventiva e 20 mandados de busca e apreensão em 16 municípios de 6 Estados, expedidos pela 2ª Vara Estadual dos Feitos Relativos a Delitos Praticados por Organização Criminosa e Lavagem ou Ocultação de Bens Direitos e Valores de Goiás.
Os mandados também foram cumpridos em: Goianira (GO), São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Recife (PE), Chapecó (SC), Tubarão (SC), Bragança Paulista (SP), Guarulhos (SP), Santo André (SP), Santana do Parnaíba (SP), Santos (SP), Taubaté (SP) e Presidente Venceslau (SP).
O Ypiranga, se manifestou sobre desdobramentos da Operação Penalidade Máxima, que envolve um atleta vinculado ao clube.
Em nota, o Ypiranga afirmou que foram realizadas buscas na casa de um atleta recém chegado ao time e que ainda não atuou em nenhuma partida. O clube afirma ainda que busca tomar todas as medidas possíveis para evitar e coibir este tipo de ação.
Confira
"O Ypiranga Futebol Clube, através desta nota oficial, vem se pronunciar a respeito do desdobramento da Operação Penalidade Máxima, realizada em Erechim e outras cidades, no dia de hoje, por forças policiais. Hoje pela manhã um atleta recém chegado ao clube foi alvo da ação da investigação, na sua residência.
O clube ressalta que o atleta não participou de nenhuma partida pelo Ypiranga, e que o YFC nada tem de responsabilidade na presente ação. O nosso Departamento de Futebol juntamente com o Departamento Jurídico da instituição estão acompanhando o desenrolar dos acontecimentos, ouvindo o atleta e seus representantes, preservando sua integridade profissional neste momento.
Ressaltamos que não compactuamos e repudiamos veementemente qualquer tentativa de manipulação de resultados, que ferem nossos mais altos valores éticos e esportivos. O clube busca tomar todas as medidas possíveis para evitar e coibir este tipo de ação. Ela é uma resposta a essa operação, que demos mais cedo".
