A Polícia Civil prendeu, nesta terça-feira (24), mais uma pessoa envolvida no caso da morte de João Alberto Freitas. A fiscal Adriana Alves Dutra foi presa temporariamente como coautora do homicídio doloso triplamente qualificado, como os dois outros presos. Ela é funcionária do supermercado Carrefour e teria poder de decisão sobre os outros dois fiscais, contratados por empresa de segurança.
Em coletiva realizada no Palácio da Polícia, com a presença da chefe de Polícia, delegada Nadine Anflor; do subchefe, delegado Fábio Motta Lopes; e da diretoria do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), representada pela delegada Vanessa Pitrez; e da titular da 2ª DPHPP, delegada Roberta Bertoldo, foi explicado que a prisão temporária acontece pelo prazo de 30 dias, e que outras pessoas ainda vão ser ouvidas.
A delegada Vanessa Pitrez disse que Adriana tinha poder de comando sobre os dois fiscais que de fato agrediram João Alberto. “Ela tinha autoridade para cessar a agressão, o que não foi feito”, relatou, acrescentando que por isso ela é considerada coautora dessa agressão. Ela também informou que o inquérito, que tem prazo de 10 dias, pode ser prorrogado por mais 15 dias se for necessário.
Segundo a delegada Roberta Bertoldo, houve contradições entre os depoimentos e as imagens vistas pela polícia, fato que determinou a prisão temporária.
“Ela [Adriana] retificou dizendo que retornou de férias e por isso não sabia que o policial militar era funcionário da empresa de segurança. Disse também que haviam passado para ela a informação de que a vítima teria agredido uma funcionária”, relatou a delegada.
A chefe de Polícia, Nadine Anflor, explicou que a prisão temporária pode ser convertida em preventiva como as dos demais presos cautelarmente.