Famurs pede apoio de Alckmin para mitigar impactos do tarifaço dos EUA no RS
O setor mais afetado no Rio Grande do Sul é o florestal e moveleiro, responsável por mais de 70% das exportações gaúchas de indústria de transformação para os EUA.
A Famurs (Federação das Associações de Municípios do RS) entregou nesta terça-feira (9) ao vice-presidente Geraldo Alckmin um documento solicitando apoio do governo federal para mitigar os impactos da tarifa de 50% imposta pelos EUA sobre produtos brasileiros. O setor mais afetado no Rio Grande do Sul é o florestal e moveleiro, responsável por mais de 70% das exportações gaúchas de indústria de transformação para os EUA.

A presidente da Famurs, Adriane Perin de Oliveira, pediu ações como: negociação diplomática para reduzir a tarifa, apoio emergencial aos exportadores, inclusão do setor madeireiro em exceções, diversificação de mercados e criação de um programa de manutenção de empregos.

No documento entregue ao vice-presidente, a Famurs solicita a atuação imediata do governo federal em cinco frentes principais:
- Intensificação da negociação diplomática com os EUA, buscando a eliminação ou, ao menos, a redução da tarifa;
- Articulação emergencial no Congresso Nacional para adoção de medidas de apoio aos exportadores;
- Inclusão do setor madeireiro na lista de exceções da ordem executiva norte-americana ou limitação da tarifa a 10%;
- Diversificação dos destinos de exportação, ampliando mercados alternativos e reduzindo a dependência dos EUA;
- Criação de um programa emergencial de apoio e manutenção de empregos, inspirado nas medidas aplicadas durante a pandemia da Covid-19.
O Rio Grande do Sul é o estado mais prejudicado entre os maiores exportadores aos EUA, com impactos diretos na arrecadação, empregos e investimentos locais. Alckmin reconheceu a gravidade e afirmou que o governo trabalha em medidas como crédito, postergação de tributos e compras públicas.