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Agro

Exportações do agronegócio do Brasil atingem faturamento recorde de 13 bilhões de dólares

A soja foi responsável por receita de 7,2 bilhões de dólares no mês passado, alta de 43,1% ante abril de 2020.

O Sul
por  O Sul
16/05/2021 17:59 – atualizado há 3 anos
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As exportações do agronegócio do Brasil atingiram um faturamento recorde de 13,57 bilhões de dólares em abril, alta de 39% na comparação com mesmo mês do ano passado, impulsionadas pelos embarques de soja, carnes e produtos florestais, disse o Ministério da Agricultura.

Segundo a pasta, esta é a primeira vez em que as exportações do setor superam a marca de 10 bilhões de dólares em um mês de abril desde o início de uma série histórica que remete a 1997. O recorde ocorre em momento de firme demanda e altos preços das commodities agrícolas nos mercados globais.

Foto: Jonas Oliveira/ANPr

Principal produto de exportação do setor, a soja foi responsável por receita de 7,2 bilhões de dólares no mês passado, alta de 43,1% ante abril de 2020. O resultado acompanha também um recorde mensal de exportação em termos de volume, com 17,4 milhões de toneladas enviadas para o exterior.

O ministério chamou atenção para a forte alta de 22,3% nos preços da oleaginosa no período. As cotações chegaram a superar o patamar de 400 dólares por tonelada.

No setor de carnes, as exportações tiveram faturamento recorde de 1,57 bilhão de dólares no mês passado, avanço de 22,7% na comparação anual.

A carne bovina foi a principal exportada, com 705,32 milhões de dólares (+22,5%). Houve crescimento também das exportações de carne de frango (+18,2%, a 598,01 milhões de dólares) e suína (+40,7%, a 230,61 milhões de dólares), acrescentou a pasta.

“Apesar do valor recorde exportado pelo agronegócio, o montante não foi suficiente para aumentar a participação do setor nas exportações brasileiras… A participação diminuiu de 55,4% em abril do ano passado para 51,2% em abril deste ano”, disse o ministério em nota.

No acumulado do primeiro quadrimestre, os embarques do agronegócio atingiram 36,8 bilhões de dólares, o equivalente a 44,9% do total das exportações brasileiras, ainda segundo a pasta.

Desmatamento

Em artigo publicado na revista científica “Nature Communications”, cientistas brasileiros apontam que a falta de chuva e a perda da biodiversidade provocadas pelo desmatamento na região sul da Amazônia já causam queda de produtividade e de receita ao agronegócio brasileiro.

A estimativa é de que o prejuízo, mantidos os níveis de desmatamento, chegue até US$ 1 bilhão (R$ 5,7 bilhões) por ano até 2050.

Os autores do estudo são do Centro de Sensoriamento Remoto da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), que trabalharam em parceria com a Universidade Federal de Viçosa (UFV) e a Universidade de Bonn, na Alemanha.

Eles avaliaram que, com menos árvores, há menos umidade no ar e menos chuvas. Logo, o avanço do desflorestamento impacta a produtividade do agronegócio brasileiro. Altos níveis de desmatamento resultam em menor volume de chuvas e menor produção agrícola.

Em 2019, um quarto do sul da Amazônia brasileira – nos estados de Acre, Amazonas, Rondônia, Pará, Tocantins e Mato Grosso do Sul – já havia atingindo o limite crítico de redução de chuvas por perda de floresta. Em algumas regiões, a redução das chuvas devido ao desmatamento já chega a comprometer 48% do volume total das chuvas anuais.

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