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Cidade

Estudo indica que rodeios movimentaram mais de R$ 2 bilhões no RS em 2023

O resultado parcial da pesquisa foi apresentado nesta terça-feira (06) durante o 35º Rodeio Crioulo Internacional de Vacaria.

Ascom Sedec e Feevale
por  Ascom Sedec e Feevale
06/02/2024 21:11 – atualizado há 17 dias
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Um estudo realizado pela Universidade Feevale, em parceria com a secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedec), apontou que, em 2023, os rodeios movimentaram mais de R$ 2 bilhões no Rio Grande do Sul, sendo R$ 980 milhões somente em inscrições para as provas campeiras. O resultado parcial da pesquisa foi apresentado nesta terça-feira (6/2) durante o 35º Rodeio Crioulo Internacional de Vacaria.

Nesta primeira etapa do estudo, que se propõe a medir emprego e renda gerados pelas tradições gaúchas, os dados são relacionados apenas a rodeios. Só o de Vacaria, que é um exemplo de como as festas campeiras têm potencial para movimentar a economia do Estado, tem um orçamento de mais de R$ 8 milhões em despesas diretas.

Foto: Eliezer Falcão/Ascom Sedec

No ano passado, ocorreram 3.264 rodeios, festas campeiras e torneios de tiro de laço, 15% a mais do que em 2022. Foram 294 grandes eventos, 1.565 médios e 1.405 pequenos, com um investimento em torno de, respectivamente, R$ 800 mil, R$ 350 mil e R$ 150 mil.

A estimativa para a manutenção anual de 10 mil animais é de cerca de R$ 375 milhões, incluindo alimentação, hotelaria, transporte, vacinas e encilhas. Os gastos com aluguel de gado, nos rodeios, chegam a mais de R$ 73 mil. Em 2023, ultrapassaram os R$ 240 milhões nos mais de 3,2 mil eventos realizados. No ano passado, os investimentos com a parte artística, como ensaios, músicos e coreografias, chegaram a mais de R$ 355 milhões.

O gasto anual dos laçadores com indumentária (botas, bombachas, camisas, chapéus e lenços) é de cerca de R$ 30 milhões. O investimento do público em geral que frequenta os rodeios é de mais de R$ 52 milhões. “Os rodeios se tornaram muito populares no Rio Grande do Sul, chegando a 3,2 mil festas por ano, uma média de mais de 60 a cada fim de semana”, comentou o economista e professor da Universidade Feevale, José Antônio Ribeiro de Moura.

O economista lembrou que, comparando com outros setores da economia gaúcha, os números relacionados ao tradicionalismo representam o dobro do que o Brasil exportou de calçados em 2023 e 70% a mais do que a produção de uvas no Estado. “Os números expressivos mostram que as entidades podem ser beneficiadas tanto a partir de leis de incentivo do governo, como de investimentos pelos empresários, que também são capazes de obter um grande retorno se apostarem nesse segmento”, afirmou.

Desenvolvimento do Estado

O titular da Sedec, Ernani Polo, ressaltou que, além de ser uma representação da identidade cultural, o tradicionalismo é um setor que movimenta a economia gaúcha, conforme constatado a partir deste estudo. “Este resultado parcial indica que somente em rodeios são mais de R$ 2 bilhões em 2023, um número que impressiona justamente pelo fato de os rodeios estarem espalhados. Com esta sistematização, houve a percepção do quanto gira a economia, gerando empregos e renda. O governo do Estado segue trabalhando com a Feevale para a continuidade deste estudo, que pode ser uma ferramenta para balizar futuras ações em prol do segmento”, disse.

O reitor da Universidade Feevale, Cleber Prodanov, destacou que o estudo possibilitará diversos benefícios e servirá de base para políticas públicas de fomento às tradições. “É um setor econômico e cultural extremamente importante, ligado à nossa identidade e ao nosso desenvolvimento. Como um gestor público vai propor uma política e dirigir recursos, transportar para o turismo, por exemplo? Tendo um estudo e trabalho sério e científico, com apoio de todas as entidades, e colocando no mapa do desenvolvimento do Rio Grande do Sul o gauchismo”, explicou.

O estudo deverá ser concluído ainda neste semestre. As próximas etapas incluem o Centro de Tradições Gaúchas (CTG) e suas festas, danças folclóricas, musicais e acomodações; o cavalo crioulo; a erva-mate e o chimarrão; e a radiodifusão.

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