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Cidade

Estação inicia controle do Borrachudo com ações do Programa Municipal

O extensionista rural, engenheiro agrônomo Marcos Gobbo, orientou produtores em uma prática realizada nesta semana.

Terezinha Vilk/Emater/RS
por  Terezinha Vilk/Emater/RS
20/08/2021 13:13 – atualizado há 2 anos
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A Prefeitura de Estação, juntamente com o Escritório Municipal da Emater/RS-Ascar, vinculada à Secretaria Estadual da agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, e as secretarias municipais da Agricultura e Meio Ambiente, da Saúde e da Assistência Social, deram início às ações do Programa Municipal de Controle do Borrachudo (Simulídeo), atendendo a uma solicitação da comunidade.

O programa segue as normas da Coordenadoria Regional da Saúde e a equipe do Escritório Municipal da Emater/RS-Ascar vem executando os trabalhos práticos, iniciando com a elaboração do projeto com atividades voltadas para o mapeamento dos riachos e afluentes em todo município de Estação, verificação da vazão de água dos riachos, além de reuniões de orientações e capacitações junto às famílias rurais. O extensionista rural, engenheiro agrônomo Marcos Gobbo, orientou produtores em uma prática realizada nesta semana.

Divulgação Emater/RS-Ascar

O simulídeo é conhecido popularmente nas regiões Sul e Sudeste como borrachudo, sendo um pequeno inseto hematófago que costuma picar pessoas e animais durante o dia, principalmente nos meses mais quentes do ano. A fêmea do borrachudo põe de 250 a 400 ovos, sendo a postura em folhas, galhos, pedras e outros objetos, junto a locais que possui água corrente, pois necessitam de água bem oxigenada. Os ovos evoluem para a fase de larva e após 14 dias se transformam em pupas, das quais saem os adultos (que são os mosquitos). Somente as fêmeas do borrachudo alimenta-se de sangue, pois necessitam dele para o desenvolvimento dos ovos, mantendo assim o ciclo biológico da espécie, que é de 30 a 40 dias, variando conforme o clima.

A importância médico-sanitária decorre do agravo à saúde em consequência de suas picadas, que causam desde pequenas hemorragias até situações raras de choque anafilático. Os prejuízos socioeconômicos causados por este inseto são muitos, como diminuição do rendimento de mão-de-obra do produtor rural, dificulta o turismo rural, queda da produção de leite e carne devido ao estresse dos animais e picadas no úbere das vacas ocasionando feridas, como também desvalorização das propriedades rurais, podendo levar ao êxodo rural.

A proliferação do borrachudo aumenta com o desequilíbrio ambiental, sendo influenciado pela quantidade de matéria orgânica na água através de dejetos humanos e de animais; pelo desmatamento, principalmente das matas ciliares, contribuindo para dispersão do inseto; uso inadequado de agrotóxicos, causando a morte de predadores e competidores do borrachudo, como peixes, insetos e pássaros e poluição doméstica e industrial.

Divulgação Emater/RS-Ascar

O controle da população dos borrachudos pode ser feito utilizando-se várias práticas, como preservar e recompor as matas ciliares, preservar os predadores, não contaminar a água com poluição doméstica e agrotóxicos, construir esterqueiras para conter o estrume dos animais, construir fossa séptica e sumidouros para evitar que atinja os córregos. Utiliza-se também medidas como a limpeza manual dos córregos, removendo folhas, galhos, entulhos e outros objetos, dificultando a postura dos ovos e em consequência a multiplicação dos mosquitos. Outro método de controle dos simulídeos é o uso de larvicida biológico (Bacillus thuringiensis var. israelensis), o qual deve ser aplicado conforme recomendação técnica, não causando danos a peixes e outros animais.


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