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Cidade

Erechim: Nasce filhote de casal de Urutau em chácara da área industrial

É o terceiro ano que o casal vem ao mesmo local para o nascimento do único filho que procria por ano.

Júlio Mocellin / Au Online
por  Júlio Mocellin / Au Online
06/12/2022 19:28 – atualizado há 12 meses
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Um morador de um sítio localizado entre a área Industrial e o bairro Estevão Carraro, em Erechim, Josué Rosa Pinto (Zeca) recebe pelo terceiro ano consecutivo a visita de um ilustre casal, que vem de “mala e cuia” para uma permanência de no mínimo quatro meses. Eles são "excessivamente comportados, educados e de fácil convívio".

Estamos falando de um casal de Urutau, o pássaro noturno que também é conhecido em algumas regiões da américa do Sul pelo nome de "Mãe Lua”.

Este ano o casal chegou no começo de outubro e só vai fazer as malas em meados de janeiro, quando o filhote que acaba de nascer, vai poder voar junto. Ele nasceu na semana que passou, depois de uma espera que durou pouco mais de 45 dias. Foi esse o tempo que a fêmea cuidou do único ovo no “ninho”, aparentemente desconfortável. 

Ao contrário de muitas aves, o urutau não constrói ninho. Sua reprodução se dá numa cavidade natural na ponta de um tronco ou galho quebrado de uma árvore a poucos metros do solo.

Zeca observou nesses últimos três anos que os visitantes são do tipo Nyctibius griseus. 

Quem fica imóvel durante o dia, em qualquer condição climática, protegendo o ovo ou o filhote, é a fêmea que à noite troca de lugar com o macho e vai caçar insetos para se alimentar e trazer comida para o filhote. O Urutau só choca um ovo por ano.

O casal de Urutau, ao menos quando visita a família do Zeca, é extremamente discreto e silencioso. O canto do Urutau é assustador, mas no período que choca o ovo e cuida do filhote, não se ouve aquilo que alguns chegam a chamar de “o canto da morte”.

Quando o urutau se encontra pousado nas extremidades de um tronco quebrado ou de um palanque de cerca, temos a impressão que a ave é um prolongamento deste. São raras as pessoas que já viram uma dessas aves ou que escutaram a sua vocalização noturna.

A ave apresenta ocorrência comum em bordas de florestas, campos com árvores e cerrados.

A cabeça é larga e achatada, seu bico e pernas curtos e olhos enormes. Uma característica morfológica notável nos urutaus é o chamado “olho mágico”, que consiste em duas fendas na pálpebra superior, permitindo que o animal observe suas imediações, mesmo estando de olho fechado. 

As asas e a cauda são longas, e o corpo é robusto e musculoso. Sua coloração, especial para a camuflagem, apresenta-se acinzentada a marrom, com pintalgos e manchas pretas, cinzentas e marrom-claras de vários tons pelo corpo, que é sempre mais escuro na região dorsal.

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