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Rio Grande do Sul

EPICOVID aponta que uma em cada 5,5 pessoas tem anticorpos para o coronavírus no RS

Estudo estima que 2 milhões de habitantes no Estado foram contaminados, mesmo que assintomáticos.

Assessoria Gov/RS
por  Assessoria Gov/RS
29/04/2021 16:47 – atualizado há 3 anos
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A proporção de pessoas com anticorpos para o coronavírus na população gaúcha quase dobrou no intervalo de um mês, de acordo com dados mais recentes do estudo de Evolução da Prevalência de Infecção por Covid-19 no Rio Grande do Sul (Epicovid19-RS). A nova etapa da pesquisa, realizada entre 9 e 12 de abril, estima que 2 milhões de habitantes têm anticorpos para o vírus no Estado. No levantamento anterior, realizado de 5 a 8 de fevereiro, esse número era de 1,13 milhão.

Os resultados mostram que a prevalência de infecção pela Covid-19 aumentou de 10% para 18,1% entre as duas últimas fases de coleta de dados da pesquisa. De acordo com as mais recentes estimativas, a proporção é de uma pessoa com anticorpos para coronavírus a cada 5,5 moradores do RS.

“Este é um estudo de extrema importância para o Estado e para o país, sendo, inclusive, o pioneiro no Brasil. O resultado da décima rodada só nos demonstra a necessidade de continuar seguindo as orientações das agências sanitárias: uso da máscara, distanciamento físico, evitar aglomerações e preferir sempre ambientes ventilados”, reforçou o coordenador do Comitê de Dados e secretário de Inovação, Ciência e Tecnologia, Luís Lamb.

Para a coleta das informações, os pesquisadores realizaram 4,5 mil entrevistas e testes para coronavírus em nove cidades. Desse total, 4.446 testes foram válidos e 807 tiveram resultado positivo. Cento e quatro deles foram na cidade de Uruguaiana, que apresentou 20,8% do total de testes positivos, seguida de Santa Maria, com 91 positivos (18,2%) e Ijuí, com 90 positivos (18%). Canoas teve 93 positivos (17,7%), e Santa Cruz do Sul, 88 (17,6%). Porto Alegre e Passo Fundo tiveram 87 (17,4%) testes positivos cada. Caxias do Sul teve 85 positivos (17%), e Pelotas, 82 (16,4%).

O estudo incluiu novas análises sobre a cobertura de vacinação entre os participantes da amostra. Do total de 4,5 mil entrevistados, 26,1% receberam a primeira dose de vacina contra o coronavírus, e 13,2% receberam a segunda. As proporções de cobertura vacinal coincidem com a priorização dos grupos mais idosos da população. A primeira dose do imunizante alcançou 94,3% dos idosos com 80 anos ou mais; 66,5% dos idosos com idades entre 60 a 79 anos; 5,9% das pessoas de 40 a 59 anos e 11% das pessoas de 20 a 39 anos.

“A recomendação é vacinar a população com as duas doses de imunizante o mais rápido possível, com prioridade aos grupos que estão em maior risco de casos severos e morte pela doença, como idosos e pessoas com comorbidades”, alerta o epidemiologista e coordenador do estudo, Pedro Hallal.

Os coordenadores do estudo reforçam a necessidade de manter as medidas de controle do distanciamento social até os níveis de transmissão do vírus diminuírem no Estado.

“No início, nem tínhamos muitos testes para fazer, tínhamos dificuldade inclusive para fazer o diagnóstico. Com o passar da pandemia, fomos ampliando bastante a capacidade de diagnóstico, e a população também se mobilizou mais em busca dos testes. Sabemos que, no que diz respeito à vigilância, o que vemos no sistema é sempre somente uma parte do iceberg. E os dados sobre a vacinação são muito interessantes e mostram que estamos atingindo a população que realmente tem de ser atingida, dentro dos critérios escalonados, e isso mostra que temos conseguido sucesso nesse sentido”, destacou o coordenador do Centro de Operações de Emergências da Secretaria da Saúde, Marcelo Vallandro.

O Epicovid19 é o único estudo populacional do mundo a realizar 10 fases de monitoramento da prevalência de infecção pela Covid-19 na população das mesmas cidades. A pesquisa tem coordenação da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e do governo do Estado Rio Grande do Sul, com apoio de 12 universidades públicas e privadas.

O objetivo do estudo é estimar o percentual de gaúchos infectados pela Covid-19, avaliar a velocidade de expansão da infecção e fornecer indicadores precisos para subsidiar políticas de enfrentamento da pandemia. A pesquisa conta com financiamento do Todos Pela Saúde, Banrisul, Instituto Serrapilheira, Unimed Porto Alegre e Instituto Cultural Floresta.

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