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O Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) deverá ser aplicado só em janeiro do ano que vem. A informação foi dada pelo presidente do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais), Danilo Dupas, em reunião com o CNE (Conselho Nacional da Educação). Depois que a informação foi divulgada, Dupas passou a negar a decisão.
Na reunião, o presidente do Inep disse haver problemas no orçamento para a realização da prova. Mas, segundo o jornal Estadão, estava pronta inclusive uma portaria sobre o adiamento do Enem para 2022, que seria publicada nesta sexta-feira (14).
Após a divulgação na imprensa, Dupas passou a enviar como resposta um trecho de áudio da reunião em que ele não deixava claro quando seria a prova. Procurada, a assessoria de imprensa do Inep informou que está ainda planejando o cronograma de aplicação do Enem e não confirmou qualquer data.
Na mesma reunião, Dupas afirmou que uma versão apenas com uma amostra de estudantes do Saeb (Sistema de Avaliação da Educação Básica) será feita em novembro. O Inep não havia confirmado ainda se realizaria o exame este ano, o que levou a críticas de educadores. A prova é importante para manter a série histórica de avaliações no País e para diagnosticar os déficits por causa do tempo de escolas fechadas na pandemia. É a partir do Saeb que é feito o Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica).
O Inep também informou que o edital para pedidos de isenção da taxa de inscrição do Enem já foi publicado e o sistema para solicitações de isenção será aberto no dia 17 de maio.
Uma portaria nesta quarta-feira, 11, com as metas do Inep não incluía a aplicação do Enem, o que levantou dúvidas sobre a realização do exame este ano.
O Inep, órgão ligado ao MEC, é o responsável pela aplicação da prova. Dupas assumiu a presidência do Inep este ano, logo após a realização da edição de 2020 do teste.
A prova relativa a 2020 foi adiada em função da pandemia e foi realizada só em janeiro de 2021, com abstenção recorde de alunos.
