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Economia

Crise do coronavírus pesa em SC e RS, mas agro pode ajudar mais a economia catarinense

"O cenário sinaliza que ambas economias terão recessão profunda, mas SC mostra um melhor ritmo do agronegócio", diz jornalista especializada em economia, Estela Benetti, na coluna publicada nesta quinta-feira(14) no jornal NSC.

Estela Benetti/NSC
por  Estela Benetti/NSC
14/05/2020 13:33 – atualizado há 3 anos
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O mapa da pandemia do novo coronavírus no Brasil mostra que estados da Região Sul, por suas condições socioeconômicas diferenciadas e medidas preventivas dos governos, conseguiram até agora baixar a curva da Covid-19. Santa Catarina e Rio Grande do Sul adotaram caminhos diferentes no isolamento social e ambos alcançaram bom êxito contra a doença, como mostra reportagem do jornalista Cristian Weiss, da NSC Comunicação. 

Mas os dados econômicos de março começaram a mostrar os impactos negativos profundos nas duas economias, embora de forma distinta, em função das restrições. O cenário sinaliza que ambas economias terão recessão profunda, mas Santa Catarina mostra um melhor ritmo do agronegócio.

O maior diferencial entre as duas economias, no momento, mostra ser o agronegócio. Atingido pela seca, o Rio Grande do Sul, que é um dos celeiros na produção agrícola do país, amarga queda de 27,7% na produção de soja, de 4,4% na produção de arroz e de 19,3% na produção de milho, de acordo com dados de abril do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) do IBGE.

Além disso, o RS tem polo agroindustrial de carnes menor do que Santa Catarina e dois frigoríficos do Estado foram fechados por duas semanas pelo Ministério Público em função de casos de Covid-19.

Em Santa Catarina, a agroindústria de carnes não teve unidades paradas e segue exportando com faturamento elevado em função do dólar. Além disso, a produção agrícola, que tem peso menor no PIB daqui, sofre menos com a estiagem. O levantamento do IBGE de abril indica no Estado crescimento de 6% na produção de arroz, queda de 3,5% na produção de soja e estabilidade no milho. A Epagri, estatal de pesquisa e extensão agrícola catarinense, aponta retração de 10% na produção de milho.

As políticas de controle da Covid-19 com economia em atividade e mercados fracos, permitirá produção num ritmo menor em ambos os Estados até o fim do ano. O cenário econômico atual, com especial atenção ao agronegócio, indica que em Santa Catarina o tombo do PIB pode ser menor que o do Rio Grande do Sul. O fato de o setor público catarinense ter menos déficits que o gaúcho também pode ajudar no resultado final.


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