Receba as notícias mais importantes do dia no WhatsApp. Receba de graça as notícias mais importantes do dia no seu WhatsApp.
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
Educação

Cpers critica irresponsabilidade no retorno obrigatório do ensino presencial

Para presidente do CPERS, instituições públicas não irão conseguir cumprir os protocolos sanitários para o retorno das aulas presenciais, por conta da situação de abandono.

Correio do Povo
por  Correio do Povo
27/10/2021 21:18 – atualizado há 2 anos
Continua depois da publicidadePublicidade

O Cpers Sindicato definiu como irresponsabilidade a determinação do governo do Rio Grande do Sul para o retorno obrigatório do ensino presencial no Estado. A medida, anunciada nesta quarta-feira pelo Piratini, vale para estudantes da Educação Básica, o que inclui educação infantil, ensino fundamental e ensino médio, de todas as redes do Estado. O governo estadual, no entanto, ainda não divulgou a data de início da medida.

|Foto: Luiz Damasceno / Cpers / Divulgação

Segundo a presidente do Cpers, Helenir Aguiar Schürer, a situação de abandono das escolas no Estado impede que estas instituições de cumprirem os protocolos sanitários. "A obrigação do retorno presencial mediante o sucateamento das escolas e a falta de RH, expõe estudantes, educadores, funcionários e comunidade ao iminente risco de contaminação pelo coronavírus", disse em nota divulgada nesta quarta-feira.

De acordo com o sindicato dos professores, as crianças menores de 12 anos estarão mais expostas, visto que para esta faixa etária ainda não foi autorizada a receber a vacina contra Covid-19. Para Helenir, além do descaso com os educadores, devido aos sete anos de arrocho salarial, o governo, que teve toda a pandemia para executar um plano de obras e melhorias, nada fez durante este período para garantir o retorno seguro. "Muros caindo, goteiras, rachaduras nas paredes, fiação elétrica comprometida e falta de pia para a lavagem das mãos, são apenas algumas situações que terão de ser enfrentadas pelos educadores na volta tão desejada por Leite", afirmou.

Ainda conforme a presidente do Cpers, a vontade dos pais ou responsáveis das crianças também não foi levada em consideração na volta às aulas, pois terão de mandar seus filhos para a escola sob o risco de sofrerem penalidades. Helenir ainda define que o retorno presencial quase no final do ano letivo, somado a todos os fatores apontados pelo sindicato, é no mínimo uma atitude irresponsável e que só atende aos interesses do governo com as empresas privadas ávidas pelo mercado que é a educação.

"O Cpers reafirma que seguirá com seu compromisso de defender a categoria, de lutar pela justa reposição salarial de 47,82% e preservar a vida de professores, funcionários e comunidade escolar", enfatizou nota.

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE