País é o mais atingido pela epidemia da Covid-19 na Europa e o terceiro em nível mundial. Medidas devem durar até 3 de abril.
Com o avanço do novo coronavírus, o governo da Itália decretou uma quarentena em toda região da Lombardia, incluindo a capital econômica do país, Milão, assim como a região de Veneza, o norte de Emiglia Romana e o leste de Piemonte. A medida foi assinada pelo primeiro-ministro italiano Giuseppe Conte neste domingo (8).
As medidas afetam 16 milhões de pessoas e ao menos 16 províncias vizinhas.
A imposição de restrições implica um sacrifício econômico no curto prazo em uma tentativa de evitar uma epidemia mais severa.
Os deslocamentos para entrar e sair dessas regiões do país serão estritamente limitados durante a quarentena, em vigor até 3 de abril, segundo o projeto citado pelos jornais, entre eles "Il Corriere della Sera" e "La Repubblica".
As autoridades afirmaram que será preciso dar uma permissão específica para sair das áreas em isolamento para emergências familiares ou de trabalho. A polícia vai parar os viajantes para verificar se eles têm motivo para atravessar os bloqueios.
Ainda de acordo com a imprensa, entre as medidas estão suspensão de aulas e eventos esportivos, exceto os profissionais, além de restrições de aglomerações em locais religiosos e restaurantes. Velórios também estão suspensos. Os meios de comunicação dizem ainda que o isolamento deve afetar um quarto da população do país.
O decreto ordena ainda o fechamento de cinemas, teatros e museus em todo o país.
Nas últimas 24 horas, a Itália registrou mais 36 mortes por causa do novo coronavírus, o que aumentou para 233 o total de óbitos. O número de casos no país chega a 5.883, um crescimento de mais de 1.200 pacientes.
A Itália é o país europeu mais atingido pela atual onda da epidemia e o terceiro em nível mundial. O contágio veio à tona há mais de duas semanas e concentra-se em um punhado de locais no norte da Itália, mas agora foram confirmados casos em cada uma das 20 regiões do país, com mortes registradas em oito delas.
Antes do decreto oficial, a notícia de que haveria uma quarentena vazou. Em Padova, uma cidade universitária na região de Veneza, os estudantes foram para a estação de trem e abandonaram a região.
Não se sabe ao certo o que acontecerá com os turistas que estão nas regiões isoladas.