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Economia

Coronavírus: Agroindústrias de SC vão manter níveis de produção, mas sindicatos pedem redução

Empresa de Chapecó foi notificada por sindicato e vai disponibilizar mais ônibus para os trabalhadores

NSC/DC
por  NSC/DC
23/03/2020 14:21 – atualizado há 3 anos
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As agroindústrias de Santa Catarina emitiram uma nota na manhã desta segunda-feira reproduzindo um documento encaminhado ao governador Carlos Moisés da Silva, informando que vão manter o nível de produção para atender necessidade de alimentação da população.

O Sindicato das Indústrias de Carnes e Derivados (Sindicarne) e a Associação Catarinense de Avicultura (Acav), informaram que estão tomando cuidados mais apurados com condição de saúde dos trabalhadores.

A nota veio depois de um final de semana tumultuado, em que a Justiça do Trabalho chegou a interditar duas unidades da Seara Alimentos/JBS, a pedido dos Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Carnes e Derivados da região de Criciúma. A decisão foi na manhã de sábado mas, no final da tarde do mesmo dia, a decisão foi derrubada pelo Tribunal Regional do Trabalho.

A gente conseguiu uma vitória contundente em nível nacional, com apoio do Sérgio Moro, Dias Toffoli, da ministra da Agricultura, que foi muito importante e acabou unindo o setor em prol dessa missão que é muito importante que é manter a produção de alimentos do país. A gente tem o entendimento de que isso salva vidas, estamos trabalhando fortemente nisso, mantém a atividade econômica. 

Estamos tomando todos os cuidados com os trabalhadores e estamos usando a #vai passar e dando nossa contribuição para o país. Nossa contribuição é continuar produzindo alimentos para que as pessoas tenham acesso a comida, cuidando bem dos nossos mecanismos de produção porque o mataria mais doo que o corona seria uma convulsão social ou a falta de comida – disse o presidente da ACAV, José Antônio Ribas Júnior.

No sábado também foi publicado decreto presidencial reconhecendo agroindústrias como atividade essenciais. No domingo à noite o governador Carlos Moisés da Silva informou que nesta segunda iria publicar um decreto determinando o nível de atividade das indústrias mas afirmou que a agroindústria tem um tratamento diferenciado pela importância na produção de alimentos.

No entanto há uma resistência dos trabalhadores. Muitas pessoas nas redes sociais também questionaram o funcionamento das agroindústrias. O Sindicato das Indústrias de Carnes e Derivados de Chapecó, no sábado enviou uma notificação para que a BRF tomasse algumas medidas, entre elas a distância de dois metros de cada trabalhador.

De acordo com o presidente do Sitracarnes, Jenir Ponciano de Paula, há uma preocupação grande pois nas linhas de produção as pessoas ficam muito próximas e chegam a ter 500 pessoas numa mesma sala.

A gente está em diálogo com a empresa para tentar resolver isso. A gente entende os dois lados, que para manter alimento nos supermercado a indústria tem que continuar produzindo e também tem os animais no campo. A indústria nos comunicou que não tem como parar pois os frangos que estão no campo precisam ser abatidos. Mas há um risco para a saúde dos trabalhadores. Algumas medidas eles estão tomando. Já anunciaram que vão contratar mais ônibus para o transporte. Mas a partir do momento que tiver um caso nas indústria os trabalhadores não vão ir – disse o presidente.
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