Orientado a ficar em isolamento até refazer testes para o coronavírus, o presidente Jair Bolsonaro passou de carro ao lado de manifestantes no ato pró-governo deste domingo (15), na Esplanada dos Ministérios e, na volta, foi ao encontro de apoiadores no Palácio do Planalto. Com o punho fechado, Bolsonaro cumprimentou apoiadores e chegou a usar o telefone celular de algumas pessoas para tirar selfies.
O presidente tinha saído em comboio do Palácio da Alvorada sem falar com a imprensa e apoiadores e, ao lado da manifestação, passou em marcha lenta, sem parar e com os vidros do carro fechados, sem aparecer. Depois de passar pelo ato, ele continuou circulando pela capital e então foi para o Palácio do Planalto, onde então foi visto dentro do carro acenando para os apoiadores.
O teste de Jair Bolsonaro deu negativo para coronavírus, mas o Ministério da Saúde recomendou que o exame seja refeito na próxima semana. Enquanto isso, a recomendação é para que Bolsonaro siga em "monitoramento".
O presidente Jair Bolsonaro foi entrevistado ao vivo na noite de domingo (15) pela CNN Brasil, minutos após a inauguração do canal. Ele respondeu às críticas de Rodrigo Maia (DEM-RJ) e de Davi Alcolumbre (DEM-AP) sobre a sua participação nos atos pró-governo do domingo. “Essas pessoas querem lançar uma cortina de fumaça sobre o seu trabalho, que não está sendo reconhecido por parte da população”, disse o presidente. “Prezado Davi Alcolumbre, prezado Rodrigo Maia, querem sair às ruas? Saiam às ruas e vejam como vocês são recebidos.
Bolsonaro, porém, disse que está aberto para conversar com os presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado nesta segunda (16), para “deixar de lado qualquer picuinha que exista”. “O Brasil está acima de nós três”, declarou. Ele disse ainda que na próxima semana deve instalar um gabinete de crise para lidar com o impacto da pandemia de coronavírus na economia.