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Comitiva regional vai a Brasília para defender inclusão do asfaltamento da Transbrasiliana nas emendas de 2026

Lideranças do Alto Uruguai voltam a Brasília em busca de uma solução definitiva para o asfaltamento da rodovia entre Erechim e Passo Fundo, sonho que atravessa gerações.

Por Redação AU Publicado em 03/11/2025 20:25 - Atualizado em 03/11/2025 22:36

Há mais de cinquenta anos, o asfaltamento da Transbrasiliana (BR-153), no trecho entre Erechim e Passo Fundo, é um daqueles sonhos que o tempo insiste em adiar. A cada nova geração, renova-se a esperança de ver o asfalto vencer o pó e a lama de uma das ligações mais simbólicas do Alto Uruguai Gaúcho — e talvez uma das mais emblemáticas do interior do Rio Grande do Sul.

Agora, esse antigo anseio pode finalmente ganhar um desfecho. Uma comitiva de lideranças políticas da região, entre elas a vereadora Márcia Balen Matté, de Aratiba, e Balém da Feira, de Erechim, embarcou novamente para Brasília nesta segunda-feira (3), para acompanhar a última reunião da bancada gaúcha no Congresso Nacional, que definirá as demandas prioritárias para as emendas parlamentares de 2026. O grupo quer garantir que o asfaltamento da Transbrasiliana esteja entre os projetos escolhidos — e que, desta vez, saia do papel.

Márcia e Balém afirmam estar encerrando um ciclo de mobilização que envolveu audiências com o DNIT, encontros com ministros, reuniões com parlamentares, material ilustrativo, camisetas, folders e um documento detalhando toda a trajetória da reivindicação. “Acreditamos que fizemos tudo o que estava ao nosso alcance. Foram anos de trabalho, de articulação e de esperança. Agora, o que falta é a decisão política, o compromisso de transformar essa luta em realidade”, disse Márcia.

Quem também aposta que tudo vai terminar bem é o prefeito Paulo Pólis, que enviou secretários com peso político na comitiva, que podem ajudar na por uma decisão positiva da bancada gaúcha. Fazem parte do grupo representantes de outros setores políticos, da economia e  da educação regional. 

Mais do que uma obra de infraestrutura, o asfaltamento da BR-153 representa dignidade, desenvolvimento e segurança para quem percorre a estrada diariamente. É um pedido antigo de produtores rurais, caminhoneiros, comerciantes e famílias inteiras que há décadas convivem com as dificuldades de trafegar por uma rota essencial para a economia regional e nacional, já que a BR 153 é conhecida como “a estrada do Mercosul”.

Enquanto o grupo de lideranças se mobiliza em Brasília, o sentimento nas cidades que margeiam a Transbrasiliana é de esperança misturada com cansaço. São mais de cinco décadas de promessas e adiamentos, mas também de persistência e fé no futuro. Se a bancada gaúcha atender ao apelo, o asfalto da BR-153 poderá, enfim, cobrir não só o chão vermelho do Alto Uruguai, mas também uma ferida aberta na memória de toda uma região.

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