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Segurança

Comando-Geral da BM decide centralizar em Porto Alegre investigação sobre morte de engenheiro

Decisão retira apuração de batalhão ao qual policiais envolvidos na ação estão lotados.

GZH
por  GZH
22/04/2020 22:12 – atualizado há 3 anos
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O Comando-Geral da Brigada Militar decidiu centralizar em Porto Alegre as investigações sobre a ocorrência policial que resultou na morte do engenheiro Gustavo dos Santos Amaral, 28 anos, em Marau, no último domingo (19). A família acusa um policial da corporação de ter atirado contra o rapaz por engano, mesmo com a advertência de que ele era um trabalhador e não um dos assaltantes que era procurado.

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A apuração, agora, deixará de ser feita por um oficial do batalhão ao qual o policial é lotado (Passo Fundo) e passará para a Corregedoria-Geral, em Porto Alegre. A iniciativa foi tomada pelo comandante-geral da corporação, coronel Rodrigo Mohr.

— O motivo principal é apurar os fatos de forma mais isenta possível — declarou o comandante-geral da BM.

O prazo do inquérito policial militar segue inalterado: 40 dias, podendo ser prorrogado. A investigação tem como objetivo a apuração de eventual crime militar por um ou mais agentes. Além disso, corre em paralelo o inquérito da Polícia Civil.

Colega da vítima e testemunha do ocorrido, Evandro Motta, 31 anos, disse que advertiu o policial sobre quem era Gustavo, mas foi ignorado:

— Avistei o policial e comecei a gritar: "Não atira, não atira, ele é o dono da empresa, é trabalhador". Tenho certeza que falei bem alto. O policial passou atrás da caminhonete e efetuou os disparos, sem falar nada, sem dar voz de prisão. Como alguém atira sem perguntar?

O irmão gêmeo de Gustavo, Guilherme dos Santos Amaral, afirmou que procurou a BM para fazer perguntas e apresentar as testemunhas, mas só recebeu como resposta que uma sindicância interna será feita.

— A gente quer Justiça. Ele era minha metade, meu melhor amigo, e preciso lutar para que outras pessoas não percam seus familiares e amigos de uma forma tão absurda. A polícia tirou metade de mim — lamentou Guilherme.

A versão oficial da Brigada Militar, contada à imprensa ainda no domingo, foi de que o rapaz foi morto em meio ao tiroteio e não se sabe de onde o tiro partiu. Naquele dia, a corporação não informou o nome da vítima.

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