Receba as notícias mais importantes do dia no WhatsApp. Receba de graça as notícias mais importantes do dia no seu WhatsApp.
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
Saúde

Cientistas descobrem método que impede totalmente a infecção pelo coronavírus

Tecnologia pode tornar possível medicamento muito mais eficaz que as vacinas, já que não permite que vírus se instale.

Agência EFE/R7
por  Agência EFE/R7
11/05/2022 13:32 – atualizado há 1 ano
Continua depois da publicidadePublicidade

Um grupo de cientistas belgas conseguiu isolar um tipo de açúcar presente nas células humanas e que o vírus da Covid-19 utiliza para infectar o paciente, de forma a evitar que esse agente patogênico infecte humanos, segundo uma publicação na revista científica Nature Communications.

Desde 2020, sabe-se que o Sars-CoV-2 interage com a proteína spike antes de chegar ao receptor ACE2, no qual de fato ocorre a infecção, mas esse grupo de cientistas das universidades de Leuven e Namur conseguiu bloquear os contatos entre a proteína e o vírus.

Quando o Sars-Cov-2 se aproxima de uma célula, ele começa a criar uma série de ligações que permitem que se agarre a ela, enquanto procura uma maneira de alcançar o receptor ACE2.

“O vírus não atinge imediatamente o receptor ACE2, ele precisa primeiro explorar a superfície de nossas células para encontrar o bloqueio”, explicou o pesquisador David Alsteens em declaração ao jornal belga Le Soir.

No entanto, graças a uma série de açúcares 9-O-acetilados, os cientistas conseguiram adicionar uma segunda barreira que impede o vírus de acessar o bloqueio que dá lugar ao receptor ACE2 desejado e, portanto, evita a infecção.

Sem a possibilidade de infectar a célula, o vírus morre, no máximo, em um período de algumas horas, sem se reproduzir dentro do corpo humano, o que pode tornar essa droga um sistema muito mais eficaz que as vacinas, que previnem os casos mais graves, mas não previnem a infecção.

A descoberta abre portas para a criação de antivirais que facilitem a erradicação completa do vírus. Por enquanto, a aplicação começa a ser estudada em camundongos e, dependendo dos resultados, pode ser testada em humanos, em uma segunda etapa.

Alsteens, muito satisfeito com as perspectivas futuras da descoberta, salientou em declarações ao jornal que ela pode ser especialmente importante “para proteger contra todas as variantes futuras e para que se encontrem aplicações com outros tipos de vírus”.

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE