Chuva reduz participação na 74ª Romaria de Fátima em Erechim, mas fiéis demonstram fé e devoção
Mesmo com o mau tempo, devotos participaram da procissão e da missa campal; evento marcou o jubileu das comunidades da Diocese e manteve tradições com apoio de voluntários.
A 74ª Romaria de Fátima da Diocese de Erechim, realizada em 12 de outubro, teve participação reduzida devido à chuva intensa e ventos desde a madrugada. Apesar disso, os fiéis presentes demonstraram grande fervor, especialmente na procissão e na missa campal presidida por Dom Adimir Antonio Mazali.
A celebração contou com a participação de padres, ministros, coroinhas e devotos. Por conta da chuva, a comunhão foi distribuída apenas dentro do Santuário. A data marcou o jubileu das mais de 450 comunidades da Diocese. Tradições como a confissão e o tradicional almoço com churrasco e pratos variados foram mantidas, com apoio de voluntários da Paróquia de Severiano de Almeida, que há mais de 40 anos colaboram com a romaria.
A homilia de Dom Adimir
Iniciou enaltecendo o testemunho de fé dos participantes pela determinação com que estavam enfrentando o tempo desfavorável. Saudou padres, diáconos, ministros, seminaristas, equipes de trabalho na parte litúrgica e organização social do evento, religiosos e religiosas, autoridades, representantes das comunidades neste dia de seu jubileu, participantes presenciais ou virtuais, todos peregrinos de esperança, todos vivendo a alegria do encontro com a Mãe da santa esperança.
Referiu-se a outras Dioceses e Arquidioceses com romaria neste dia ou neste mês. Lembrou o tema e o lema desta 74ª romaria em Erechim “Com as virtudes de Maria, peregrinos de esperança” e “Esperança nossa, salve”, frase que ecoou no hino e na saudação frequentemente repetida na novena.
Acentuou o caráter de retiro espiritual de 10 dias da Diocese, frequentemente mencionado pelo Pe. José Carlos Sala, Reitor do Seminário e do Santuário diocesanos.
Recordou a campanha missionária neste mês de outubro em todo o Brasil. Comentou as leituras e o evangelho da celebração. Na primeira leitura, a rainha Ester que pede ao rei pela vida do seu povo. Prefigurou a Virgem Maria. Indica a atitude a ser vivida de seguimento fiel a Cristo. Na segunda leitura, a mulher grávida do apocalipse, ameaçada pelo dragão que a quer devorar. É figura da Igreja perseguida, mas também de Maria. Exortou a todos a pedir-lhe a perseverança na fidelidade a Deus, especialmente em favor dos perseguidos atualmente. O evangelho narrando a festa de um casamento em Caná, quando veio a faltar o vinho. Maria apresentou a dificuldade da falta de vinho. Ela apresentou a situação a seu filho Jesus, que transformou a água em vinho da melhor qualidade. A partir disso, o Bispo enfatizou a necessidade de pedir a Maria a ajuda para viver a vontade de Deus como ela e rezar pela paz, pelo cultivo da oração e da penitência como ela pediu em Fátima. Desta forma, se pode caminhar na esperança, na construção de um mundo mais humano.