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Mundo

China remove pangolim da lista de medicamentos tradicionais

Mamífero mais traficado no mundo é considerado por alguns cientistas como o possível hospedeiro do novo coronavírus

CP
por  CP
11/06/2020 10:31 – atualizado há 3 anos
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A China removeu na terça-feira os pangolins de sua lista de remédios tradicionais, segundo informações do jornal chinês Health Times. A decisão foi tomada após as autoridades do país elevarem ao nível máximo a proteção da espécie na semana passada. Na recém-publicada edição de 2020 da "Farmacopeia Chinesa", outros três elementos – Aristolochia, Tianxianteng e pílulas de Yanggan Huanglian –, não foram incluídos. A razão pela qual os últimos não estão listados é porque a receita contém areia noturna (fezes de morcego).

Suas partes do corpo são caras no mercado ilegal porque são comumente usadas na medicina chinesa, embora cientistas digam que não têm valor terapêutico | Foto: Isaac Kasaman / Arquivos AFP / CP

O aumento dos níveis de proteção ao pangolim, a formulação de planos de proteção e o fortalecimento da luta contra a caça e o comércio ilegal são defendidos há muitos anos por entidades ligadas à vida animal. “Atualizar o nível de proteção dos pangolins é uma situação urgente e uma tendência geral”, afirmou o Dr. Sun Quanhui, consultor científico sênior do Escritório da China da Associação Mundial de Proteção Animal.

"A China agiu muito rapidamente para fechar os mercados de vida selvagem e é uma ótima notícia que eles agora deram a seus pangolins o mesmo status de proteção que o panda. Esperamos que isso acelere o fim das vendas legais de escamas de pangolim o mais rápido possível”, disse Peter Knights, CEO da WildAid, entidade que atua na proteção da vida animal, ao site da instituição.

A pandemia de Covid-19 colocou o pangolim em evidência quando pesquisas científicas sugeriram que o pangolim seriam o hospedeiro intermediário que transmitiu o novo coronavírus aos seres humanos. Segundo dados da WildAid, cerca de 200 mil pangolins são mortos todos os anos em países na Ásia para o consumo da carne e para o uso de suas escamas em medicamentos caseiros.

Eles são os mamíferos mais traficados do mundo e são vendidos principalmente em mercados de países asiáticos. A partir de agora, quem for pego caçando, matando, contrabandeando ou comercializando pangolins pode ser condenado a até 10 anos de prisão.

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