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Mundo

China: presos de minorias étnicas sofrem extração forçada de órgãos

ONU pede à China explicações sobre "colheita de órgãos" de minorias.

R7
por  R7
15/06/2021 15:51 – atualizado há 3 anos
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Especialistas da ONU informaram, nesta segunda-feira (14), que receberam "informações confiáveis" de que prisioneiros de minorias étnicas, linguísticas e religiosas são submetidos à extração forçada de órgãos na China.

Esses especialistas - que receberam mandato da ONU, mas que não falam em nome das Nações Unidas - disseram que ficaram "extremamente alarmados" com as informações recebidas.

"As extrações forçadas de órgãos na China parecem ter como alvo representantes de minorias étnicas, linguísticas, ou religiosas, que estão detidos, muitas vezes sem serem informados os motivos de sua prisão, ou sem um mandado de prisão", apontam os especialistas.

"Segundo as denúncias recebidas, os órgãos mais retirados dos presos são corações, rins, fígados, córneas e, mais raramente, pedaços de fígado. Essa forma de tráfico médico envolveria profissionais da área de saúde, inclusive cirurgiões, anestesistas e outros especialistas médicos", explicam.

Pixabay

Eles também indicam que a questão já foi levantada anteriormente, junto a Pequim, por outros especialistas em direitos humanos da ONU em 2006 e em 2007, mas sem sucesso.

O comunicado afirma que as respostas do governo chinês foram insuficientes, devido à falta de dados, nomeadamente sobre o tempo de espera para a atribuição de órgãos, ou de informações sobre a origem dos órgãos.

"Neste contexto, a falta de dados disponíveis e de sistemas de compartilhamento de informações constitui um obstáculo à identificação e proteção das vítimas (...), bem como à eficácia das investigações e processos contra os traficantes", informa o comunicado.

A China negou, em várias ocasiões, as acusações de extração forçada de órgãos de prisioneiros políticos.

A tradição chinesa determina que uma pessoa morta seja enterrada sem mutilação, e são poucos os chineses que aceitam doar seus órgãos.

Durante décadas, a maioria das operações foi, portanto, realizada com órgãos retirados de condenados à morte, ou de presos após sua morte, muitas vezes sem o consentimento das famílias, acreditam ONGs especializadas - o que as autoridades negam.

Pequim baniu oficialmente essa prática a partir de janeiro de 2015, mas sem apagar as preocupações.

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