A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) anunciou nesta quarta-feira (2) a criação de uma coordenação de competições nacionais femininas, e escolheu para o cargo Aline Pellegrino, ex-capitã da seleção e responsável pela modalidade na Federação Paulista de Futebol (FPF). A CBF oficializou, também, a diretora de futebol feminino do Internacional, Duda Luizelli, como coordenadora de seleções, ocupando o posto que foi deixado, há dois meses, por Marco Aurélio Cunha.
Medalhista de prata na Olimpíada de Atenas (Grécia), em 2004, como jogadora, Aline foi capitã na conquista do vice-campeonato mundial, em 2007, na China. Uma das vozes mais ativas em defesa da modalidade, a ex-atleta de 38 anos destacou-se na coordenação do futebol feminino na FPF, idealizando o Estadual sub-17, festivais de base e uma peneira que reuniu mais de 400 meninas, entre 14 e 17 anos, de 15 estados. Na CBF, ela será responsável pelas quatro competições organizadas pela entidade: as duas divisões adultas (Séries A1 e A2) e os Brasileiros sub-18 e sub-16.
Duda também foi jogadora, sendo revelada pelo próprio Inter na década de 1980. Em 1996, ainda como atleta, encabeçou a volta da modalidade no Colorado, após quase uma década, permanecendo no clube até 2004, quando encerrou a carreira e fundou a própria escola de futebol. Ela retornou ao Beira-Rio em 2017 para gerenciar a retomada do futebol feminino na agremiação. No novo cargo, Duda trabalhará diretamente com Pia Sundhage e com as comissões técnicas das seleções sub-17 e sub-20, que têm os Campeonatos Sul-Americanos das respectivas categorias pela frente, ainda em 2020.
Ao anunciar as dirigentes, o presidente da CBF, Rogério Caboclo, revelou que a entidade definiu a igualdade de valores de prêmios e diárias entre as seleções masculinas e femininas. Segundo ele, a medida foi definida em março. Conforme a confederação, a equidade foi adotada, pela primeira vez, já na convocação da equipe feminina para o Torneio Internacional da França, há seis meses.
“O que eles recebem por convocação, elas também receberão. O que elas ganharem de premiação por conquistas ou por etapas da Olimpíada no ano que vem, será o mesmo para os homens. Aquilo que os homens receberão na próxima Copa do Mundo será proporcionalmente igual, no que é oferecido pela Fifa. Não há mais diferença de gênero em relação à remuneração [na CBF]”, declarou