A notícia de que uma mulher que levou cinco tiros do ex-companheiro e que durante o júri do mesmo o perdoou e o beijou na frente do Tribunal do Júri Popular, revoltou a população gaúcha.
Quando todo o país faz campanha encorajando cada vez mais as mulheres, vítimas de agressões, a denunciar e ajudar a sociedade punir com mais rigor esse tipo de crime, a cena deixou jurados e a própria Justiça sem saber o que fazer.
O fato gerado em Venâncio Aires nesta semana, sugeriu a Rádio Uirapuru, de Passo Fundo, ouvir a opinião do renomado psiquiatra, Carlos Hecktheuer. "O casal precisa procurar tratamento urgente, pois essa história tem grandes chances de não terminar bem", disse o médico.
"Uma pessoa que ama jamais pega uma arma para matar a outra. Por outro lado, perdoar é sempre edificante, mas escolher viver de novo com quem um dia teve coragem para matar é algo que ascende a luz de alerta que algo está errado".
Carlos Hecktheuer citou casos de pessoas que se apaixonaram por seus sequestradores, o que é considerado um problema comportamental claro.