Receba as notícias mais importantes do dia no WhatsApp. Receba de graça as notícias mais importantes do dia no seu WhatsApp.
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Saúde

Brasil tem “repique”, e não segunda onda de coronavírus, diz ministro Pazuello

Ministro Eduardo Pazuello também liberou verba para prematuros e maternidades.

O Sul
por  O Sul
26/11/2020 22:12 – atualizado há 3 anos
Continua depois da publicidadePublicidade

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, anunciou nesta quinta-feira (26) que recursos remanescentes para o enfrentamento da pandemia de Covid-19 serão aplicados em leitos e no programa de imunização. Ele também afirmou que Brasil tem “repique”, e não segunda onda de coronavírus.

O titular do Ministério da Saúde informou que se reuniu com o Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde) e o Conasems (Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde) para discutir a aplicação dos recursos remanescentes na pasta para ações relacionadas à pandemia, montante na casa dos R$ 6 bilhões.

O valor deverá ser investido em leitos de UTIs (Unidades de Terapia Intensiva), por meio de repasse a estados e municípios com vistas a manter leitos abertos, adiantando recursos de custeio de parte da estrutura que seriam repassados em 2021.

“Pactuamos hoje que vamos trabalhar com a incorporação do maior número possível de UTIs, vamos continuar com as UTIs que foram feitas para a Covid-19, dentro das regras do SUS [Sistema Único de Saúde]. Isso vai permitir que Brasil dê salto em atendimento. Vamos cumprir um ano adiantado, para 2021”, sublinhou.

Pazuello acrescentou que parte dos recursos também será direcionada para despesas relativas a cirurgias tratamentos impactados pela pandemia. Outra destinação será o planejamento e execução do plano de imunização contra a Covid-19.

O ministro afirmou que a definição da logística deste plano ocorrerá quando houver mais informações sobre quais vacinas estarão disponíveis. “Cada vacina tem característica diferente, número de dose, logística. Precisamos aproximar da chegada para fechar o plano logístico”, disse.

Prematuridade

Pazuello participou de uma entrevista coletiva acerca de ações para apoio a crianças prematuras e suas mães, da gestão ao puerpério. Uma portaria foi assinada liberando R$ 324 milhões em iniciativas voltados a estes públicos.

Os valores serão disponibilizados a mais de 600 maternidades ligadas à rede do SUS. Estas poderão solicitar recursos para a aquisição de equipamentos e estruturas, como camas, cardiotopografia (para avaliação do bem-estar do feto), banquetas de parto e sonar doppler (para ouvir o coração do bebê).

“Repiques”

Pazuello disse também que não há, no País, uma segunda onda de Covid-19, termo utilizado por especialistas, e apresentou outra classificação. Segundo ele, a primeira onda seriam os casos e mortes, com “repiques”. A segunda onda consistiria em cirurgias e tratamentos não realizados pelo cancelamento de cirurgias eletivas ou pelo medo de pacientes de se dirigirem ao hospital.

“Estamos falando também de repique de contaminação e mortos em algumas regiões. É só acompanhar o site [Painel Covid-19 do Ministério da Saúde] e podemos ver os dados. No Sul e Sudeste o repique é mais claro. No Norte e Nordeste o repique é menos impactante, com algumas cidades fora da curva. No Centro-Oeste é mais no meio do caminho”, analisou.

Conforme o ministro, a terceira onda envolveria os casos de violência doméstica contra a mulher em função do isolamento, com violência psicológica e física, incluindo feminicídios, estupros e outras práticas condenáveis. “A quarta onda é aumento de casos de automutilação e suicídios. Não confundam ondas como novo surto. É surto que podem virar endemia e depois pandemia, o troço é grave. Temos que estar atentos”, completou Pazuello.

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE