A cadeia produtiva do leite hoje é uma das mais complexas atividades do Agronegócio Brasileiro, com importância social, econômica e ambiental. O País é o quarto maior produtor mundial, com crescimento de 2% ao ano, movimentando mais de 4 milhões de trabalhadores, seja nas indústrias ou no campo, com a produção primária.
No dia 1º de junho comemorou-se o Dia Mundial do Leite, e foi uma boa oportunidade para prestar atenção neste setor que tem passado do status de importador para o de exportador, com potencial para se tornar, em um futuro próximo, o primeiro do ranking mundial.
“A cadeia do leite no Brasil tem se profissionalizado, alcançado novos parâmetros de sanidade e qualidade, e conquistado competividade no mercado mundial. Muito se deve ao trabalho de médicos-veterinários e zootecnistas. Houve uma evolução na qualidade em pouquíssimo tempo, com o uso de novas tecnologias, aperfeiçoamento de raças, nutrição aprimorada, além de regras mais rígidas de inspeção e fiscalização”, afirma o presidente do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo (CRMV-SP), Mário Eduardo Pulga.
A Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição (SBAN) destaca que o leite e seus derivados constituem um grupo de alimentos de grande valor nutricional, como fontes de proteínas de alto valor biológico, vitaminas e minerais – principalmente de cálcio.
Embora o brasileiro esteja consumindo mais leite e derivados, o consumo per capita ainda está abaixo do recomendado (três porções de lácteos por dia). O brasileiro consome em média apenas 166 litros de leite por ano. Em 2020, entretanto, espera-se crescimento do consumo de produtos lácteos.
Além do próprio alimento, a cadeia é composta por mais de 90 produtos que têm o leite ou sua proteína na composição. E os cuidados na criação dos animais e a fiscalização sanitária da matéria-prima, das indústrias e dos pequenos produtores são fundamentais, principalmente para garantir a saúde da população, evitando-se a transmissão de zoonoses.
Com a regulamentação do Selo Arte, que permite que produtos artesanais de origem animal que seguem as boas práticas agropecuárias e sanitárias sejam comercializados em todo o território nacional, o setor também será beneficiado. Segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, cerca de 170 mil produtores de queijos artesanais serão diretamente afetados positivamente.