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Drone auxilia na varredura à beira-mar | Foto: CBMRS / Divulgação / CP
Segurança

Bombeiros desencadeiam novas ações e incluem banhados nas buscas pelo menino Miguel

Tenente Elísio Lucrécio lembra que a mãe não sabe se jogou vivo ou morto o filho no rio Tramandaí. "Se largou vivo, a criança inalou água e ela automaticamente fica mais tempo embaixo da água"...

Correio do Povo
por  Correio do Povo
05/08/2021 15:13 – atualizado há 2 anos
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O oitavo dia de buscas pelo menino Miguel chega nesta quinta-feira com o Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Sul (CBMRS) desencadeando novas ações dentro do planejamento diário de resgate. Além disso, a corporação incluiu a procura em banhados da região do Litoral Norte.

“Uma equipe fará as buscas em torno do banhado, do lado contrário ao que a mãe diz ter feito”, explicou o coordenador das operações e comandante do Corpo de Bombeiros de Tramandaí, tenente Elísio Lucrécio. "Estamos em uma área alagadiça. Estamos fazendo uma varredura total", frisou.

Conforme Lucrécio, outras equipes seguirão as buscas pela orla. “Locais onde as águas de cheia trazem e depositam muitas sujeiras, lixos, paus, galhos, roupas velhas etc também serão novamente averiguados. Outra equipe deslocará pela orla como vem sendo feito na semana. O uso do drone ajuda muito na cobertura dos monitoramentos atrás e dentro das linhas de arrebentação”, complementou.

Segundo o tenente Elísio Lucrécio, a mobilização do 9º Batalhão de Bombeiros Militar (9º BBM) conta com a participação das unidades de Capão da Canoa e de Torres em apoio pela areia na orla. Ele não descartou que o corpo possa aparecer no litoral de outro estado, como Santa Catarina, cujo efetivo do Corpo de Bombeiros Militar de SC já foi alertado. "Queremos descartar todas as hipóteses", resumiu.

“Pescadores de cabo no mar, pescadores de rede na lagoa, populares…todos estão comprometidos nas buscas. Embarcações com a melhora do mar já começaram a navegar e isso aumenta as chances de visualizarem o corpo boiando”, afirmou o tenente Elísio Lucrécio. “Hoje praticamente todos os locais e possibilidades onde ela possa ter largado o Miguel poderão ser vasculhados”, observou, citando o emprego de viatura, drone, bote e moto aquática. “A previsão é de tempo bom. Corrente sul/norte. Mar e rio maré baixa”, constatou.

O comandante lembrou que a mãe não sabe se jogou vivo ou morto o filho no rio Tramandaí. "Se largou vivo, a criança inalou água e ela automaticamente fica mais tempo embaixo da água. A água fria também faz com que permaneça mais tempo submersa", esclareceu.

Madrasta do menino Miguel passará por exames no Instituto Psiquiátrico Forense

A madrasta do menino Miguel, acusada de ajudar a companheira a torturar e matar o garoto de sete anos em Imbé, no Litoral Norte, está no Instituto Psiquiátrico Forense, em Porto Alegre. Bruna Nathiele da Rosa chegou ao local, que recebe criminosos com doenças mentais que cumprem medidas de segurança, nesta quinta-feira (5). 

A investigada estava detida na Penitenciária Feminina de Guaíba, na Região Metropolitana da Capital, desde a terça. Em nota, a Superintendência de Serviços Penitenciários (Susepe) confirmou que a transferência foi motivada por uma tentativa de suicídio. Entretanto, este não seria a primeira vez que a acusada atentou contra a própria vida. 

Ainda conforme a Susepe, Bruna já havia tentado cometer suicídio, ao lado de Yasmin, no período em que ambas estavam no Presídio de Torres. Esta primeira ocorrência teria motivado o envio das acusadas para a Penitenciária de Guaíba, onde a mãe de Miguel continua presa e a madrasta esteve até ontem. 

Bruna possui um leve grau de autismo – fato que chegou a retardar a sua prisão. Ela só foi detida no último domingo, após a obtenção de mensagens em seu celular que reforçaram o seu envolvimento no caso. Novos exames devem ser realizados, nos próximos dois dias, para determinar a viabilidade da sua permanência no Instituto Psiquiátrico Forense.

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