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Foto: Marcos Corrêa/PR
Política

Bolsonaro garante a aliados que não se vacinou contra a Covid-19 e cogita processar o ministro da Controladoria-Geral da União

Ministro declarou que existe um registro na carteira de vacinação de Bolsonaro de uma dose do imunizante da Janssen

O Sul
por  O Sul
18/02/2023 10:59 – atualizado há 11 meses
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O ex-presidente Jair Bolsonaro garantiu a aliados que não tomou a vacina contra a Covid-19 e que cogita processar o ministro da CGU (Controladoria-Geral da União), Vinícius de Carvalho.

Em entrevista concedida à CNN, Carvalho declarou que existe um registro na carteira de vacinação de Bolsonaro de uma dose do imunizante da Janssen, mas que está sendo averiguado se houve algum tipo de adulteração.

“Esse registro existe. Pelo menos pelo que a gente sabe das informações. Se isso está em um ofício da CGU, a CGU não faz uma pergunta à toa. Se esse registro está em um ofício da CGU, eu não tenho como negar”, afirmou o ministro.

Segundo informações divulgadas pela CNN, Bolsonaro disse a pessoas próximas, após a veiculação da entrevista, que está disposto a fazer qualquer exame que comprove que não tomou a vacina.

Para o ex-presidente, trata-se de uma estratégia do governo Lula para condená-lo por genocídio, alegando que ele teria se vacinado, enquanto desestimulava a população a tomar o imunizante.

Na quinta-feira (16), o jornal O Estado de São Paulo divulgou uma troca de ofícios em que a CGU questiona o Ministério da Saúde sobre o registro de que o então presidente teria tomado uma dose do imunizante no dia 19 de julho de 2021, em São Paulo.

Durante a entrevista, Carvalho lamentou que o ofício tivesse vazado, mas disse que não iria negar a existência do registro. Ele ressaltou ainda que não é possível saber, por enquanto, se Bolsonaro se vacinou ou não.

“Se há anotações no cartão de vacina dele [Bolsonaro], do DataSUS, de que ele se vacinou e, se houver uma inserção indevida de anotações sobre a vacina dele, seja no sentido de colocar informações de que ele se vacinou ou de retirar informações relativas à sua vacinação, nossa expectativa é de que, com a apuração, a gente descubra se isso aconteceu”, destacou.

Na sexta-feira (17), a CGU divulgou uma nota sobre o assunto:

“Quanto à reportagem publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo, no dia 16/02/2023, a CGU informa que há, de fato, uma investigação preliminar sumária em curso no âmbito da Corregedoria-Geral da União, iniciada nos últimos dias do governo anterior, envolvendo denúncia de adulteração do cartão de vacinação do ex-presidente Jair Bolsonaro. Considerando que a investigação é sigilosa e não está concluída, a CGU submeteu a matéria à avaliação de sua Consultoria Jurídica para emitir parecer quanto à viabilidade de divulgação da decisão sobre o sigilo relacionado a esse tema, por estar em curso a apuração correcional”.
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