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Rio Grande do Sul

Avanço do coronavírus provoca decretação de Calamidade Pública no RS

Governo do RS decreta situação de calamidade pública pela primeira vez na história.

Correio do Povo
por  Correio do Povo
19/03/2020 11:44 – atualizado há 3 anos
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O governador Eduardo Leite declarou nesta quinta-feira, pela primeira vez na história do Rio Grande do Sul, situação de calamidade pública, numa tentativa de conter a disseminação de Covid-19 no Estado, que já apresenta transmissão local do patógeno causador da doença. 

Em uma coletiva virtual, o chefe do Executivo gaúcho notificou sobre medidas de contenção ao vírus SARS-Cov-2, que já infectou 28 pessoas no RS, conforme dados oficiais da Secretaria Estadual da Saúde. "É séria a situação, é grave. É hora de atuarmos. Não há espaço para valentões acharem que são imunes. Isso é irresponsabilidade", frisou. "Vai dar saudade do abraço, do carinho, mas vai dar saudade das pessoas que perderemos se não agirmos", falou.

Leite anunciou que o transporte interestadual está vedado e o intermunicipal atuará com até 50% da capacidade dos ônibus. Nos coletivos urbanos, fica proibido o transporte de pessoas em pé. O tucano afirmou que as atividades nos terminais aéreos continuam, mas afirmou que estuda o fechamento dos aeroportos do interior do Estado, concentrando voos no Salgado Filho, em Porto Alegre. Ele lembrou que muitas companhias aéreas já reduziram as saídas e chegadas à cidade. O governador considerou ainda que "o mundo está parando" e pontuou que solicita junto ao governo federal o fechamento das fronteiras com o Uruguai e a Argentina. "Autoridade é da União e pedimos as mesmas providências dos nossos vizinhos", afirmou.

Regras para o comércio

Ao comércio, itens essenciais ficam restringidos a um determinado número por consumidor e ficou determinado a não-alteração de preços, evitando valores abusivos. "Não há no decreto uma definição de número, mas cada estabelecimento deve adotar o seu. Alguns já fazem voluntariamente", pontuou. Pessoas em situação de risco terão horários específicos para compras. "Nos shoppings, fechamento de todos os estabelecimentos não essenciais. Restaurantes, farmácias e bancos poderão funcionar", disse, explicando que deverão manter distância mínima de dois metros.

O decreto dá poder à Secretaria da Saúde de fazer requisição de bens e serviços ao setor médico o tanto quanto for necessário para combater o novo coronavírus e formaliza o de gabinete de crise. No âmbito administrativo, ocorre a suspensão de prazos administrativos de processos e alvarás. Também fica definido um comitê de crise para a área econômica, para que sejam trabalhadas ações de impacto na área, para amenizar os impactos. Outro comitê será na área da saúde, reunindo profissionais e acadêmicos para que seja possível "compreender a evolução dessa doença". Também haverá um de comunicação e de ações digitais, com serviços que poderão ser oferecidos digitalmente.

Leite lembrou que há "uma média de até sete dias do contágio até a confirmação", apontando o delay de informações, em recado especial aos moradores das cidades do interior, que ainda não teriam mudado os hábitos e praticado o isolamento social. "Você pode ser ser portador do vírus, mas não saber porque é assintomático", defendeu, se referindo a todos os gaúchos.

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