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As mais recentes projeções dos modelos meteorológicos desta sexta-feira reiteram os seus indicativos de um episódio de chuva volumosa a excessiva em localidades situadas na Metade Norte do Rio Grande do Sul, especialmente em municípios mais próximos de Santa Catarina.
A MetSul Meteorologia enfatiza que não será um evento de chuva forte generalizada no estado gaúcho e que em muitas áreas os acumulados de precipitação tendem a ser baixos neste episódio de instabilidade desta sexta e do final de semana. É altamente provável que em muitos pontos mais ao Oeste a ao Sul gaúcho sequer chova.
Será um evento de precipitação mais concentrado na Metade Norte, particularmente perto de Santa Catarina, na área de transição entre uma massa de ar mais quente que vai tomar conta do Paraná e o ar mais frio que está sobre o Sul gaúcho e foi responsável por temperaturas mínimas no começo desta sexta de até 4,8ºC em Pedras Altas, baixa para outubro.
Com isso, onde mais deve chover no Rio Grande do Sul entre esta sexta e domingo será em cidades do Noroeste, do Médio e Alto Uruguai, Planalto Médio, Norte da Serra, Campos de Cima da Serra e balneários da costa perto de Torres.
Nestas áreas, um grande número de municípios deve ter chuva de 100 mm a 200 mm com marcas isoladamente acima de 200 mm. São volumes muito altos e capazes de gerar alagamentos, inundações e quedas de barreiras.
Os volumes de chuva excessivos podem trazer alagamentos, inundações repentinas, subida de arroios e córregos, e cheias de rios, em municípios do Noroeste gaúcho, do Norte do estado e do extremo Nordeste gaúcho entre o Norte da Serra e os Campos de Cima da Serra. Áreas de relevo destas regiões ainda podem ter deslizamentos de terra e quedas de barreiras.
Embora grande parte do Rio Grande do Sul escape da chuva excessiva e os acumulados muito altos se concentrem mais perto de Santa Catarina, o cenário preocupa mesmo em cidades que registrarão pouca chuva ou sequer terão chuva.
Isso porque os volumes muito altos vão atingir as nascentes de rios como Caí e Taquari, nos Campos de Cima da Serra, e o Jacuí, cuja nascente está na região de Passo Fundo. Os três rios desembocam depois no Guaíba. Assim, mesmo que Porto Alegre escape dos volumes mais extremos de chuva, poderá sofrer daqui a dias os efeitos no Guaíba de toda a água que descerá dos rios contribuintes. Mesmo caso de cidades como Itaqui e Uruguaiana, onde pode não chover, mas que receberão a água que cairá no setor Norte da bacia do Rio Uruguai.
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