PRETENDE SE APOSENTAR

Aposentadoria em 2026: veja o que muda nas regras e quem será mais impactado

Idade mínima e pontuação sobem para quem está nas regras de transição da reforma da Previdência.

Por Redação AU Publicado em 15/12/2025 06:03 - Atualizado em 15/12/2025 08:16

Quem pretende se aposentar em 2026 precisa ficar atento: as regras do INSS ficarão mais rígidas no próximo ano, especialmente para trabalhadores que já contribuíam antes da reforma da Previdência, aprovada em novembro de 2019. Desde então, o sistema passou a adotar critérios progressivos, que mudam ano a ano até 2031, elevando idade mínima e exigências de pontuação.

Para quem começou a contribuir após a reforma, nada muda em 2026. Segue valendo a regra geral: mulheres precisam ter 62 anos de idade e pelo menos 15 anos de contribuição, enquanto homens devem atingir 65 anos de idade e 20 anos de contribuição. Essas exigências são permanentes e não sofrem alterações anuais.

Já para quem estava no mercado de trabalho antes de 2019, as regras de transição ficam mais duras em 2026. Na modalidade que combina idade mínima e tempo de contribuição, a idade sobe mais seis meses: mulheres passam a precisar de 59 anos e seis meses, e homens, 64 anos e seis meses, mantendo-se a exigência de 30 anos de contribuição para mulheres e 35 para homens. Na prática, isso significa esperar mais tempo para alcançar o direito ao benefício.

Outra mudança importante ocorre na regra dos pontos, que soma idade e tempo de contribuição. Em 2026, a pontuação mínima exigida será de 93 pontos para mulheres e 103 pontos para homens, também acima do patamar exigido no ano anterior. Essa regra costuma ser uma alternativa para quem tem muitos anos de contribuição, mas a elevação anual torna o acesso progressivamente mais difícil.

Além dessas, seguem válidas as demais regras de transição criadas pela reforma, como o pedágio de 50%, o pedágio de 100% e a aposentadoria por idade, cada uma com critérios específicos que podem impactar tanto o momento da aposentadoria quanto o valor do benefício. Por isso, especialistas recomendam que o trabalhador simule todas as possibilidades antes de fazer o pedido.

Com as mudanças previstas para 2026, a tendência é clara: se aposentar no Brasil está ficando mais difícil, exigindo mais tempo de trabalho e planejamento previdenciário. A orientação é buscar informações junto ao INSS ou utilizar a calculadora oficial disponível no portal Meu INSS, para identificar qual regra de transição é mais vantajosa em cada caso.

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