Receba as notícias mais importantes do dia no WhatsApp. Receba de graça as notícias mais importantes do dia no seu WhatsApp.
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
Economia

Após seguidas promessas, benefício para modernização industrial sai no penúltimo dia do ano

Projeto de lei precisará ser analisado pelo Congresso Nacional. Medida era aguardada pelo setor privado desde a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro.

CNNBrasil
por  CNNBrasil
30/12/2023 21:42 – atualizado há 20 segundos
Continua depois da publicidadePublicidade

Em uma tentativa de alavancar investimentos no parque fabril brasileiro, o governo lançou finalmente o programa de depreciação “superacelerada” para máquinas e equipamentos da indústria.

A medida era aguardada pelo setor privado desde a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Também foi prometida em duas ocasiões diferentes — primeiro em maio, depois em julho — pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Um projeto de lei sobre o assunto foi publicado, neste sábado (30), em edição extra do Diário Oficial da União e precisará ser analisado pelo Congresso Nacional.

Média de 14 anos

Estudo recente da Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostrou que máquinas e equipamentos industriais têm, em média, 14 anos.

Segundo o levantamento, 38% deles estão próximos ou já ultrapassaram a idade sinalizada pelo fabricante como ciclo de vida ideal.

A depreciação acelerada é um mecanismo que funciona como antecipação de receita para as empresas.

“Superacelerada”

Toda vez que adquire bens de capital, uma indústria pode abater o valor dessas máquinas nas declarações futuras de Imposto de Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ) e de Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL).

Em condições normais, esse abatimento é paulatino, feito em dez anos, conforme o bem vai se depreciando.

Com a depreciação “superacelerada”, o abatimento das máquinas e equipamentos adquiridos em 2024 poderá ser feito em apenas duas etapas — 50% no primeiro ano e 50% no segundo.

Não se trata de uma nova isenção tributária, mas de antecipação no abatimento a que os empresários já têm direito.

Nesse primeiro momento de depreciação “superacelerada”, o governo estima abrir mão de R$ 3,4 bilhões em 2024. Os setores contemplados pelo programa só serão definidos por decreto, após a eventual aprovação do projeto pelo Congresso.

Com isso, a intenção é alavancar a taxa de investimentos e a modernização do parque fabril brasileiro.

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE