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Economia

Após 14 anos, transposição do Rio São Francisco entra na reta final

Até hoje o governo federal já desembolsou R$ 10,8 bilhões, mais que dobro do previsto.

Gazeta do Povo
por  Gazeta do Povo
05/07/2020 17:21 – atualizado há 2 meses
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O primeiro "milagre" da transposição do Rio São Francisco foi em 2017, quando o rio salvou 500 mil paraibanos da severa estiagem que atingiu o estado. Agora, passados quatro governos e 14 anos da instalação da pedra fundamental, a obra que desloca parte das águas do "Velho Chico" entra na reta final.

Na semana passada, o presidente Jair Bolsonaro inaugurou mais um trecho no município de Salgueiro (PE), da obra que foi tirada do papel em 2007 no governo Lula, avançou nas presidências de Dilma Rousseff e Michel Temer, e deve ser concluída na atual gestão. O prazo de conclusão foi adiado várias vezes e agora a nova previsão é junho do ano que vem.

O São Francisco nasce na Serra da Canastra (MG), percorre 2.800 quilômetros e deságua em Penedo (AL). A transposição é a maior obra hídrica já realizada no país. Soma 477 quilômetros de extensão com 13 aquedutos, nove estações de bombeamento, 28 reservatórios, nove subestações de energia, 270 quilômetros de linhas de transmissão em alta tensão e quatro túneis.

Assim que for completado, o projeto deve beneficiar 12 milhões de pessoas em 390 municípios no Ceará, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte, estados historicamente vulneráveis à seca.

A obra é dividida em dois eixos: o leste, que tem 217 km, deve levar água a 5,5 milhões de habitantes de 170 cidades de Pernambuco e da Paraíba; e o norte, com 260 km, deve garantir segurança hídrica a mais de 6,5 milhões de pessoas em 220 cidades paraibanas, pernambucanas, cearenses e potiguares.

Orçado em R$ 4,5 bilhões, ao longo dos anos o projeto viu aumentar os custos ambientais e de engenharia. Até hoje o governo federal já desembolsou R$ 10,8 bilhões, mais que dobro do previsto.

Em março de 2017, Michel Temer fez uma inauguração às pressas do eixo leste. Lula e Dilma também participaram de um ato simbólico de inauguração no mesmo ano para reivindicar a paternidade petista do projeto. Agora foi a vez de Jair Bolsonaro abrir mais uma comporta.

Cada eixo está 97% finalizado, mas faltam obras complementares que, de acordo com o Ministério do Desenvolvimento Regional, não comprometem a pré-operação. O eixo leste já abastece 1,4 milhão de pessoas em 46 cidades pernambucanas e paraibanas, cerca de 1/4 do potencial, segundo o governo.

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