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Antonio Cruz/Agencia Brasil
Saúde

Amamentação pode ser apoiada pelas empresas com salas exclusivas

Agosto Dourado é mês da conscientização da importância do aleitamento

Agencia Brasil
por  Agencia Brasil
03/08/2023 13:15 – atualizado há 55 segundos
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Menos da metade das crianças brasileiras (45,7%) são amamentadas de forma exclusiva nos primeiros seis meses de vida, segundo o Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil (ENANI) publicado em 2021. Uma das Metas Globais de Nutrição da Agenda 30, da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS/OMS), é subir esse número para 70% até 2030.

A prevalência de aleitamento materno continuado no segundo ano de vida (entre crianças de 12 a 23 meses de vida) é de 43,6% das crianças, ou seja, a maioria das crianças nesta faixa etária não estava sendo beneficiada pela amamentação prolongada.

Para que a mulher consiga prolongar a amamentação, precisa de apoio das empresas em que trabalha. Além de ter à disposição espaços para amamentar, ser acolhida e ter seu direito respeitado pelas pessoas, no trabalho e em casa.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda a amamentação exclusiva por, pelo menos, até seis meses de vida, reforça que as crianças sejam amamentadas até os dois anos ou mais. Segundo a OMS e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), em torno de 6 milhões de vidas de crianças são salvas a cada ano por causa do aumento das taxas de amamentação exclusiva até o sexto mês de vida.

Muitas mulheres enfrentam resistência e muitos obstáculos ainda, pois não conseguem seguir uma rotina de pausas durante a jornada de trabalho para extração do leite. No entanto, sabe-se que é o alimento mais completo e acessível do mundo. Ajuda na prevenção de todos os tipos de infecção, nos quadros de alergia, na melhor adaptação durante a introdução alimentar, além de prevenir complicações de saúde como diabetes, colesterol e obesidade infantil no futuro.

“O ato de amamentar auxilia muito no desenvolvimento orofacial do bebê e permite um ganho de peso adequado. Além desse benefício, aumenta o fortalecimento do vínculo entre mãe e bebê, estímulo das mamas para produção de leite e prevenção de condições como ingurgitamento mamário, ou seja, a produção e acúmulo excessivo de leite nas mamas”, alerta a profissional que é graduada pela Universidade Federal de São Paulo e especialista em obstetrícia pelo Hospital Sofia Feldman.

Pixabay

Salas de amamentação

De acordo com a Nota Técnica do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE),a sala de amamentação pode ser utilizada para que a mulher amamente seu filho ou para que ela faça a extração do seu leite para que seja armazenado e ofertado à criança no horário das refeições na escola ou em casa.

A nota destaca que o ambiente destinado à sala de apoio à amamentação deve ser favorável ao reflexo de descida do leite materno, como um ambiente tranquilo e confortável, que permita a adequada acomodação da mulher, sem interrupções e interferências externas, e que proporcione privacidade à trabalhadora.

As empresas podem se orientar pelas normas do Guia para implantação de salas de apoio à amamentação para a Mulher Trabalhadora, do Ministério da Saúde.

Salas nas UBS

Salas de amamentação, a partir de agora, farão parte dos projetos de construção de Unidades Básicas de Saúde. Um projeto piloto do Ministério da Saúde está em fase de implantação desses espaços também em unidades que já estão em funcionamento, começando em cinco estados: Pará, Paraíba, Distrito Federal, São Paulo e Paraná. A iniciativa visa apoiar mães que trabalham fora, especialmente aquelas que estão no mercado informal e não têm o amparo da legislação.

Semana Mundial de Amamentação

Celebrada sempre na primeira semana de agosto, a Semana Mundial da Amamentação é organizada e coordenada globalmente pela Aliança Mundial para Ação em Aleitamento Materno (World Alliance for Breastfeeding Action - WABA). O objetivo é sensibilizar a sociedade para a importância da amamentação e seu papel na proteção dessa prática, considerando o impacto do aleitamento na saúde da criança, da mulher, da sociedade e do planeta.

Pixabay

Iniciativas que podem ajudar a trabalhadora a amamentar por mais tempo:

- Criar um ambiente de trabalho compreensivo e acolhedor, que a mulher consiga se ausentar para extrair o próprio leite, sem o "peso na consciência" de estar atrapalhando o trabalho em equipe;

- Flexibilizar a jornada de trabalho, permitir mais o trabalho remoto e estender a licença maternidade por no mínimo seis meses;

- Disponibilizar bolsas térmicas para o transporte adequado do leite materno;

- Não incentivar o uso de fórmulas e bicos artificiais;

- Capacitar profissionais e professoras das creches para que consigam armazenar, identificar e oferecer o leite materno de forma segura;

- Estimular a amamentação em público livre de preconceitos.

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