Perícia realizada a pedido da defesa de Rozalba Grimm, atesta que ela é mentalmente sã e poderá ser julgada pelo crime de Flávia Godinho, ocorrido na cidade de Canelinha (SC). Os exames, realizados pelo Instituto Geral de Perícias (IGP), levaram à conclusão de que a ré.
“Não possui qualquer transtorno psiquiátrico, doença mental, perturbação da saúde mental ou desenvolvimento incompleto ou retardado. Tampouco apresentou alguma dessas condições antes, à época ou após as práticas delituosas em apuração”.
Assim, a mulher é classificada como imputável, segundo as prerrogativas da responsabilidade penal, e será processada pelo crime que supostamente cometeu. O próximo passo do processo é a citação dos réus para resposta inicial à denúncia apresentada pelo Ministério Público.
O marido da acusada também foi inicialmente denunciado pelo MPSC. Porém, a análise de novas provas levou à conclusão de que ele teria sido enganado pela companheira todo o tempo e sua prisão preventiva foi revogada a pedido do próprio Ministério Público.
Se nenhum outro elemento surgir no decorrer do processo, o homem também deve ser excluído da denúncia apresentada pela possível prática dos crimes de feminicídio, tentativa de homicídio, parto suposto, subtração de incapaz e ocultação de cadáver.
De acordo com o MPSC, na ação penal, que já foi recebida pelo Judiciário, o MPSC requer que os denunciados sejam submetidos ao julgamento do Tribunal do Júri da comarca de Tijucas. Segundo as provas produzidas em inquérito policial, no dia 27 de agosto a investigada teria levado a vítima para um local onde estariam sozinhas, para que supostamente fossem a um chá de bebê surpresa, onde a golpeou com um tijolo e provocou seu desmaio.
Na ocasião, a vítima estava grávida, e a investigada teria usado um estilete para realizar, de forma precária, o parto. A hemorragia do ferimento causou a morte da vítima.
Ainda de acordo com a denúncia do MPSC, a suspeita teria se encontrado com o companheiro e ido até o Hospital de Canelinha, onde informou que o filho da vítima era seu e que fizera o parto em via pública.
No hospital a mulher solicitou ajuda no pós-parto. A equipe do hospital que atendeu a demanda percebeu que as informações eram controversas e acionou a Polícia Militar, a qual constatou o crime.