Ofensiva nacional para prender envolvidos em violência doméstica, a Operação Marias terminou com 56 presos e 32 armas apreendidas no Rio Grande do Sul. A ação foi deflagrada nesta quinta-feira (5) em 19 unidades da federação e tinha como alvo especialmente os casos de descumprimento de medidas protetivas e feminicídios. O trabalho foi proposto e coordenado pelo Conselho Nacional de Chefes de Polícia e capitaneado, no Estado, pela Polícia Civil.
No Rio Grande do Sul, 582 policiais atuaram na operação e cumpriram 61 mandados de prisão preventiva. Outra etapa da ação é a verificação de mais de 300 medidas protetivas - neste caso, o objetivo foi conversar com as vítimas e saber se as ordens judiciais, que podem, por exemplo, proibir a aproximação do agressor, estão sendo efetivamente cumpridas.
Em todo Brasil, foram 338 presos. O Rio Grande do do Sul foi o segundo Estado com maior número de homens detidos, atrás apenas de Minas Gerais, onde 62 indivíduos foram capturados.
— Tanto armas lícitas quanto ilícitas são retiradas nesse caso. Todas que estamos apreendendo são usadas para ameaçar mulheres. No meio desse conflito elas podem potencializar o risco de agressão ou feminicídio _ explica a delegada Tatiana Bastos, diretora da Divisão de Proteção e Atendimento à Mulher no RS.
Outra etapa foi a verificação de mais de 300 medidas protetivas e 198 informações sobre possíveis crimes que estariam sendo cometidos contra mulheres no Estado. Agentes conversaram com as vítimas para saber se as ordens judiciais, que podem, por exemplo, proibir a aproximação do agressor, estavam sendo efetivamente cumpridas. Nesse diálogo, o policial pode descobrir, por exemplo, que o homem continua perturbando a vítima, o que levaria a um pedido de prisão.
— O combate à violência contra a mulher, e especialmente aos feminicídios, é uma das preocupações nacionais das polícias. Essa ação mostra que estamos atentos e que há sim punição para os agressores _ afirma a chefe da Polícia Civil no Estado, delegada Nadine Anflor, que coordenou a ação nacional por meio do Fórum Permanente de Enfrentamento à Violência Contra a Mulher do Conselho Nacional dos Chefes de Polícia Civil.