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Egressa da UFFS ganha prêmio internacional por dissertação de mestrado
Darline Simoni Balen, que cursou Engenharia Ambiental no Campus Erechim, ficou em segundo lugar em premiação da American Water Works Association
Wagner Lenhardt/Ascom/UFFS- Campus Erechim
por  Wagner Lenhardt/Ascom/UFFS- Campus Erechim
01/07/2020 08:46 – atualizado há 42 segundos
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 A engenheira ambiental Darline Simoni Balen, formada pela Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) Campus Erechim, angariou o segundo lugar no prêmio de dissertações de mestrado da American Water Works Association – maior organização mundial de profissionais de águas de abastecimento.

Darline, natural do interior de Aratiba, é da primeira turma do curso de Engenharia Ambiental da UFFS. Quando ainda estava na Graduação, participou do programa Ciências Sem Fronteiras e fez parte do curso na Universidade de New Hampshire (UNH), nos Estados Unidos. Após concluir o curso na UFFS, voltou para a universidade norte-americana, fazendo o mestrado em Civil & Environmental Engineering.

Direto de Portsmouth, onde trabalha atualmente, a aratibense concedeu uma entrevista por e-mail. Além de falar sobre a pesquisa com a qual conquistou o prêmio, recordou seus tempos de UFFS e contou como foi parar no exterior. Confira abaixo.

Darline, explica pra gente o que é esse prêmio?

É um reconhecimento feito pela American Water Works Association, que desde 1966 encoraja a excelência acadêmica através do reconhecimento das duas melhores dissertações de mestrado e das duas melhores teses de doutorado na área de águas para o abastecimento público. Eu fui selecionada para receber o segundo lugar da melhor dissertação de mestrado de 2020, com um prêmio de US$ 1.500.

Como você foi parar no mestrado da UNH?

Eu fiz o Ciências Sem Fronteiras em 2014. Durante o intercâmbio eu fui convidada pelo professor Robin Collins para retornar à UNH para fazer o mestrado no curso de “Civil & Environmental Engineering”, após concluir o meu curso de Engenharia Ambiental na UFFS. Quando retornei ao Brasil em 2015 eu estava no último ano da Graduação, e durante esse período eu me inscrevi no mestrado Fui selecionada com bolsa e pude retornar à UNH logo após a formatura na UFFS, em agosto de 2016.

O que você pesquisou no mestrado?

A minha pesquisa esteve relacionada a biofiltração lenta, que é uma tecnologia para a purificação de água utilizada há séculos, porém, as interações biológicas responsáveis pelo tratamento da água ainda não eram muito bem estudadas e compreendidas. Fazendo uma analogia, é como se a água bruta entrasse em uma caixa preta e saísse tratada. Sabíamos, porém, que a performance do biofiltro depende da atividade biológica do mesmo, ou seja, quanto mais microrganismos ativos no filtro, melhor o tratamento da água. A minha pesquisa buscou aumentar a atividade biológica do filtro através da adição de nutrientes e, por meio de análises de DNA, identificar os microrganismos presentes no filtro. Isso me permitiu entender quais as implicações da adição de nutrientes na dinâmica microbiana do filtro e, consequentemente, na sua performance.

Durante a sua Graduação na UFFS você participou de projetos de pesquisa, publicou artigos e atuou como monitora. A sua formação aqui foi importante para o prosseguimento na carreira acadêmica?

A UFFS foi essencial na minha carreira acadêmica, ela foi a minha porta de entrada no mundo da pesquisa. Durante a minha Graduação eu tive a oportunidade de trabalhar em vários grupos de pesquisa, desde a iniciação acadêmica até a pesquisa científica. Isso com certeza me ajudou no desenvolvimento da pesquisa de mestrado, e sempre foi notável aos professores da UNH. Mas a UFFS não foi só fundamental na minha carreira acadêmica. Ela também me esculpiu de forma pessoal e profissional. Eu fiz parte da primeira turma de Engenharia Ambiental. Na época ainda não tínhamos laboratórios e a estrutura necessária para desenvolver várias pesquisas científicas, mas isso não limitou os professores, que proporcionaram ensino de qualidade e nos motivaram a buscar sempre mais. Eu acredito que a sorte é a gente quem faz. A UFFS me mostrou que basta querer e ter disciplina que tudo pode ser alcançado, e esse foi um dos principais aprendizados que eu tive.



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